E se você pudesse conhecer mais sobre a cultura africana por meio de contos nacionais de autores negros?

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Através de um projeto incrível da editora Escureceu, pedimos licença ao continente africano para contar as suas lendas aos nossos, promovendo e exaltando toda esta cultura em nossas terra.

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O volume reúne 13 narrativas de ficção em diferentes gêneros, para recriar histórias com raízes africanas, reimaginadas. 

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Eu tenho a honra de estar presente neste livro lindíssimo, com o conto Gêmeos, reimaginando uma lenda cuja primeira publicação ocidental é de 1913.

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Mesmo ali dentro, o odor é salobro — uma entidade que se impregna às suas narinas em qualquer parte da casa onde esteja. É uma espiral invisível, ansiosa por se fazer lembrar de sua existência, como tudo o que não queremos que nos lembre de sua existência. Mas, mesmo esta presença, ainda que ininterrupta, é menos constante que a imagem dos gêmeos, a imagem nítida dos gêmeos, não importa que tenham se passado tantos anos. Não importa que, para Anaya, estar ali — o mais distante possível, no lugar mais ermo que lhe foi possível — seja como estar vivendo qualquer outra vida, ou empurrando com os ombros vãos de tempo, só um simulacro de estar vivendo.